Bem-vindos ao meu espaço! Sou Alex Braga, e hoje trago uma crônica que infelizmente nos tira das quatro linhas do futebol para o lado mais sombrio da vida real. Um campo de futebol, que deveria ser palco de alegria, paixão e rivalidade sadia, transformou-se em cenário de uma tragédia brutal na Barra do Ceará. A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), atuou com maestria e, nas primeiras horas da última quinta-feira (6), deflagrou uma operação que trouxe à tona a história por trás desse jogo macabro.
Quatro suspeitos foram presos – três deles por mandados, com históricos de roubo e tráfico de drogas, e um em flagrante, por manter uma fábrica clandestina de placas de automóveis. Sim, placas! Peças aparentemente inofensivas, mas que serviam para adulterar veículos e dar suporte às ações ilícitas de uma organização criminosa de origem carioca com forte atuação no Ceará.
Lembram-se daquele 6 de maio? Quatro vidas jovens, entre 16 e 34 anos, ceifadas, e outras tantas feridas, durante uma partida de futebol. Uma violência que chocou o país. Agora, a investigação do DHPP elucida que o ataque foi uma retaliação brutal, fruto de disputas internas entre criminosos. O esporte, que é um refúgio e um pilar de desenvolvimento social para tantas comunidades, especialmente em bairros como a Barra do Ceará, foi covardemente invadido pela lógica da guerra.
É preciso ressaltar a agilidade inicial da Polícia Militar do Ceará (PMCE) que, horas após o quádruplo homicídio em maio, já havia prendido três adultos e apreendido um adolescente, além de confiscar quatro pistolas calibre .40. Ações como essa, coordenadas entre as forças de segurança, são vitais para restaurar a ordem e a esperança em áreas tão afetadas.
Minha missão é ir além do resultado, e a “história por trás do jogo” aqui é um lembrete doloroso de como o crime organizado pode corroer o tecido social. As investigações continuam, e esperamos que todos os envolvidos sejam levados à justiça. Que a paixão pelo futebol, que move milhões, não seja silenciada pelo medo, e que as autoridades sigam firmes na proteção de nossos campos, que são, antes de tudo, o espaço de lazer e sonhos da comunidade.
