Como Alice Drummond para o D-Taimes, mergulho nas entranhas das políticas públicas que, à primeira vista, parecem distantes, mas que pulsam no coração da economia e do bem-estar social. A Paraíba, por meio de sua Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap-PB) e da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), joga luz sobre uma questão de vital importância: a atualização cadastral e a vacinação dos rebanhos. Um movimento que transcende a mera formalidade, configurando-se como um pilar para a robustez do agronegócio local e a salvaguarda da saúde pública.
Até o dia 19 de dezembro, criadores de bovinos, bubalinos, equídeos, suínos, caprinos, ovinos e aves em todo o estado têm um prazo final para a obrigatoriedade da atualização de seus registros. Em Santa Teresinha, no Sertão, uma recente palestra mobilizou 153 produtores, revelando o esforço contínuo da Defesa Sanitária e da Empaer em conscientizar sobre a seriedade do tema. A médica veterinária Nuhara Agra, fiscal da Defesa Agropecuária, enfatizou que o objetivo primordial é a manutenção do cobiçado status de “Área Livre da Aftosa Sem Vacinação”.
Este título não é apenas uma chancela; é uma porta de entrada para mercados mais exigentes, garantindo a competitividade e a valorização dos produtos paraibanos. A perda desse status, resultante da desatualização cadastral ou da negligência na vacinação, teria um impacto econômico devastador, afetando diretamente a vida dos produtores rurais e a cadeia produtiva do estado.
Além da febre aftosa, a veterinária Nuhara Agra fez questão de alertar sobre outras zoonoses, como a brucelose, tuberculose e raiva. Doenças que, para além do risco à saúde humana, causam perdas significativas na reprodução e na produção de leite dos animais. A solução, segundo ela, é simples, mas mandatória: a vacinação de bezerras entre 3 e 8 meses contra a brucelose. O não cumprimento dessa exigência resulta no bloqueio cadastral do produtor na Defesa Agropecuária, um impedimento que se traduz em barreiras comerciais e prejuízos.
Com um rebanho bovino estimado em 1,4 milhão de animais, além de centenas de milhares de ovinos, caprinos, suínos, equinos e milhões de aves, a Paraíba tem um patrimônio agropecuário considerável. Proteger esse patrimônio não é apenas uma questão sanitária, mas uma estratégia de desenvolvimento econômico e social que exige a colaboração entre governo, técnicos e, crucialmente, os próprios produtores. A sinergia entre fiscalização, educação e cumprimento das normas é o que pavimentará o caminho para um agronegócio paraibano cada vez mais forte e seguro.
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