Bem-vindos ao meu espaço! Sou Alex Braga, e hoje trago uma notícia que ecoa como um silêncio profundo para os amantes do futebol na região de Cotia. Enquanto os regulamentos do Paulistão 2026 são definidos e a expectativa para as disputas cresce em todo o estado, uma triste realidade se impõe: a região não terá nenhum time a representando nas cinco divisões da competição.
É um cenário preocupante para uma área que já vibrou com seus clubes. O problema central parece ser a indefinição e a desestruturação. O Oeste, que até então carregava a bandeira de Barueri e, em 2025, mandava seus jogos em Osasco, ainda busca uma nova “casa” para 2026. Santana de Parnaíba, com seu estádio moderno, surge como uma possibilidade, mas a incerteza paira no ar.
Não é apenas o Oeste que enfrenta percalços. O Grêmio Osasco Audax, que amargou o rebaixamento da Série A-4 em 2025, corre o risco de nem sequer disputar a quinta divisão, de acordo com as informações que circulam entre torcedores e páginas especializadas.
A análise é clara: a falta de incentivos e, consequentemente, de estrutura para os clubes locais é um fator determinante para essa ausência lamentável. A Federação Paulista de Futebol (FPF) tem uma lista de times da região “licenciados”, sem atividades e, o que é mais grave, sem perspectiva de retorno ao futebol profissional. Nomes como Taboão da Serra, EC Osasco, Grêmio Barueri, SC Barueri, Cotia FC e Itapevi FC, que já trouxeram alegria aos seus torcedores, hoje estão inativos.
Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o Jornal Cotia Agora apurou que a última vez em que mais de um time da região disputou o Paulistão foi em 2016, com Taboão da Serra e Osasco FC. O próprio Osasco FC acabou sendo vendido ao Ska Brasil, que hoje foca apenas nas categorias de base, jogando em Santana de Parnaíba.
Essa é uma crónica que nos leva a refletir sobre o futuro do futebol em diversas regiões do nosso país. Onde está o investimento? Onde estão os projetos de longo prazo que garantam a saúde e a longevidade dos clubes que formam a base do nosso esporte? A paixão existe, os talentos podem estar lá, mas sem suporte, o “esporte bretão” corre o risco de desaparecer em muitas localidades. É um alerta para a FPF e para as administrações municipais: o futebol é cultura, é lazer, é desenvolvimento social. Não podemos deixar que essa chama se apague.
