Bem-vindos ao meu espaço. Sou Alex Braga, e hoje o luto toma conta dos gramados do futebol society paranaense. O que deveria ser mais uma celebração da paixão pelo esporte se transformou em uma tragédia que nos lembra da fragilidade da vida e da imprevisibilidade do destino.
No último domingo, em Matinhos, litoral do Paraná, o futebol 7 foi palco de um acontecimento que parou o coração de muitos. William Pinheiro, carinhosamente conhecido como Kiko, de 40 anos, um atleta que respirava a alegria do “esporte bretão” em suas versões mais acessíveis, vivia um momento de pura satisfação. Aos 14 minutos da partida, ele havia acabado de balançar as redes pela Copa Matinhos, um gol que, sem saber, seria seu último ato de glória em campo.
Logo após a comemoração, Kiko sentiu um mal súbito. O cenário, que antes pulsava com a energia da competição, transformou-se em uma corrida contra o tempo. As equipes de organização do evento agiram prontamente, prestando os primeiros socorros e o encaminhando a uma Unidade de Pronto Atendimento. No entanto, apesar de todos os esforços para reanimá-lo, William Pinheiro não resistiu. A notícia, como um chute indefensável, abateu a todos.
A Copa Matinhos de Futebol 7, em nota emocionada, não apenas lamentou a perda de um atleta, mas também de um “amigo sempre presente nos momentos de alegria que o futebol proporciona”. É nessas horas que o esporte, que muitas vezes enxergamos apenas pela ótica da performance e do resultado, revela sua essência mais humana, a de criar laços, de proporcionar momentos de união e paixão. Kiko, que além de sua dedicação aos gramados, também trabalhava em uma empresa de refrigerantes e encontrava no surfe outra válvula de escape para sua energia, deixa um vazio imenso.
A Polícia Civil do Paraná, embora não tenha sido notificada formalmente, afirmou não haver, a princípio, indícios de crime. A dor, neste caso, é a da perda súbita, da interrupção inesperada de uma vida que se dedicava ao esporte.
Em meu olhar de jornalista e analista, o caso de Kiko nos faz refletir sobre a importância da saúde no esporte amador. Quantos atletas, movidos pela paixão, entram em campo sem o devido acompanhamento médico? É um lembrete doloroso de que a paixão deve vir acompanhada da prudência e do cuidado com o corpo.
William “Kiko” Pinheiro se despede dos campos, mas sua história, de um gol que antecedeu a partida final, ficará marcada. Um lembrete de que cada jogo é uma oportunidade de celebrar a vida, dentro e fora das quatro linhas. Que sua memória seja honrada e que a tragédia sirva de alerta para a comunidade esportiva.
