Bem-vindos ao meu espaço! Alex Braga por aqui, e hoje, o papo vai além das quatro linhas para tocar na alma do esporte: a ética e a inclusão. Uma notícia recente, mas com impacto que reverbera por todo o “esporte bretão”, mostra que a batalha pela equidade também se joga nos bastidores.
Na última terça-feira, o Museu do Futebol, palco de tantas glórias e memórias, foi o cenário para um momento histórico: a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica entre a Federação Paulista de Futebol (FPF) e a Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo (OAB SP). O objetivo? Declarar guerra à discriminação e à intolerância que, infelizmente, ainda mancham o espetáculo nos estádios.
Sob o lema “Não é só futebol: Inclusão, Diversidade e ESG no Futebol Paulista”, essa parceria não é apenas um documento. É um pacto robusto que visa oferecer um suporte jurídico essencial às vítimas de preconceito e violência, além de tecer uma rede de ações preventivas e educativas que buscam moldar um ambiente mais justo para todos.
As Comissões de Igualdade Racial, Direitos Humanos e Direito Desportivo da OAB SP serão as pontas de lança dessa iniciativa. A OAB SP se compromete a fornecer assessoria jurídica, capacitar profissionais com treinamentos sobre legislação antirracista, estabelecer canais de acolhimento e trabalhar no aprimoramento de protocolos. Uma verdadeira blindagem legal para quem sofre na pele o lado mais sombrio do esporte.
Do lado da FPF, a responsabilidade é igualmente grande e louvável. A Federação assume o compromisso de amplificar campanhas de conscientização, divulgar amplamente os canais de denúncia para que nenhuma voz fique calada, aplicar medidas disciplinares rigorosas contra os infratores e ceder espaços para ações de sensibilização. É a demonstração clara de que, quando a bola rola, a justiça também deve estar em campo.
Leonardo Sica, presidente da OAB SP, resumiu bem o sentimento: “Esta iniciativa nos deixa muito felizes. É muito importante para nós essa oportunidade de expandir políticas de inclusão, diversidade e a luta antirracismo praticadas na Ordem paulista com a FPF.” Complementando, Rosana Rufino, presidente da Comissão de Igualdade Racial, cravou: “Hoje, damos um passo histórico. Essa parceria representa mais que um compromisso formal, é um pacto ético e social”. Palavras que, de fato, pesam e inspiram.
Este evento não se limitou à parceria. Foi também o palco para o lançamento oficial do Comitê de ESG da FPF, um avanço significativo em governança, além da segunda edição do “Tratado pela Diversidade e Contra a Intolerância no Futebol Paulista” e da 2ª edição do livro ‘ESG na Gestão Esportiva’. Iniciativas que, juntas, pavimentam o caminho para que a Federação Paulista de Futebol consolide sua governança ESG e seu compromisso social até 2026.
No campo da competição, buscamos a glória, a superação. Mas fora dele, e também dentro, a maior vitória é a que celebramos juntos, sem distinções. É o futebol mostrando que pode, e deve, ser um espelho de uma sociedade mais justa e igualitária. Um golaço contra a discriminação, que merece aplausos e replays constantes!
