O Gás que Vem de Casa: Família e Técnicos Unem Forças Pela Motivação no Basquete Feminino
No universo competitivo do esporte, onde a busca pela excelência é constante, um elemento fundamental muitas vezes transcende as táticas e a preparação física: a motivação que nasce do apoio incondicional. No Centro Olímpico, em São Paulo, o técnico Matheus Pompolini, à frente da equipe sub-16 feminina de basquete, encontrou uma forma emocionante e eficaz de reacender essa chama antes de um desafio crucial no Campeonato Paulista.
Para os duelos da semifinal, Matheus, que assumiu a equipe com o campeonato já em andamento em março, buscou ir além da quadra. Ciente do poder das palavras de incentivo, ele orquestrou uma surpresa que tocou profundamente suas jogadoras: vídeos com mensagens de apoio enviadas diretamente pelos familiares. Exibidos durante a preleção, os depoimentos serviram como um poderoso lembrete dos talentos individuais e da força coletiva do time, revitalizando a conexão do grupo em um momento decisivo.
Com 33 anos e 15 anos de experiência como atleta, Matheus entende a ressonância do apoio que vem de casa. “Meus valores, né? Tudo que eu aprendi foi graças ao esporte, desde a minha faculdade até os meus ensinamentos. Eu cresci dentro de clube, assistindo muito jogo. Aquele menino viciado em quadra. Então, acho que a minha vida… Eu sou meio suspeito pra falar, mas ela se resume ao esporte,” compartilha o técnico, cuja paixão pelo esporte se traduz em dedicação à formação integral das atletas.
A cena nos corredores do Centro Olímpico é um testemunho vivo desse apoio: pais e mães preenchendo as laterais das quadras, adaptando suas rotinas para levar e buscar os futuros talentos, vivendo intensamente cada etapa do sonho de seus filhos. Foi com a ajuda de Vânia Paulette, coordenadora de basquete do COTP, que Matheus conseguiu reunir os depoimentos dos responsáveis, culminando no vídeo surpresa que se tornou um diferencial.
Para Joana Cravo, armadora do time, as mensagens foram um reforço vital: “Eu acho que fez muito bem pra gente, pra lembrar pelo que a gente batalha dentro de quadra e quem estamos representando aqui. Eu vejo como algo muito crucial na vida do atleta e que sem o apoio da família ninguém consegue.”
Apesar da intensa motivação, o primeiro jogo da semifinal contra o São José, do interior, foi marcado por reviravoltas e terminou com uma derrota apertada por apenas um ponto (62 x 61). Agora, a equipe do Centro Olímpico se prepara para o segundo confronto em São José dos Campos, buscando a vitória para forçar um terceiro jogo e manter vivo o sonho do título. Mais do que o placar, a história por trás desse time é um exemplo claro de como a parceria entre família e comissão técnica se torna a base inabalável para o desenvolvimento e a superação no esporte.
Data de Publicação: 12 de novembro de 2025
