Bem-vindos ao meu espaço! Sou Alex Braga e hoje mergulharemos em uma análise que promete agitar o cenário esportivo nacional. O renomado jornalista e analista José Carlos Amaral Kfouri, o Juca Kfouri, concedeu uma entrevista explosiva ao podcast “Prato do Dia”, na qual não poupou críticas e lançou uma afirmação que ecoa forte: “Durante meio século, fomos o país do Beautiful Game, mas nunca fomos o país do futebol”.
A declaração de Kfouri é um convite à reflexão sobre a real essência do futebol brasileiro. Apesar de sermos a única nação presente em todas as Copas do Mundo, com cinco títulos que solidificaram nossa imagem global, a paixão nacional parece estar perdendo seu brilho e, mais alarmante, sua identidade.
A Elitização que Afasta: Um dos pontos centrais da crítica de Kfouri é a crescente elitização do esporte. O que antes era acessível e pulsava nas arquibancadas populares, hoje se tornou um produto caro, impulsionado pelas transmissões pagas e pelos preços dos ingressos nos estádios. “Estamos excluindo os excluídos do pouco entretenimento que ainda têm”, lamenta o jornalista, expondo uma ferida social profunda no coração do futebol.
A Sombra das Apostas Esportivas: Outro fator alarmante, segundo Kfouri, é a “volta sem retorno” das casas de apostas, as famigeradas Bets. Patrocinando massivamente clubes, programas e transmissões, elas representam uma ameaça global à integridade das competições e, mais grave ainda, à saúde pública. A ludopatia, ou vício em apostas, é uma doença reconhecida pela OMS, e estudos como o LENAD da Unifesp revelam que uma parcela preocupante de apostadores online apresenta comportamento de risco. Kfouri, inclusive, remonta à sua própria história, lembrando a denúncia da “Máfia da Loteria Esportiva” em 1982, um escândalo que, apesar de expor 125 pessoas, resultou em poucas punições. Um alerta histórico que parece, infelizmente, ter sido ignorado.
O VAR: Ferramenta Mal Utilizada? A tecnologia, que veio para ser aliada, virou vilã na visão de Juca Kfouri. O Árbitro de Vídeo, o VAR, concebido para corrigir “erros clamorosos”, transformou-se em uma “muleta para o árbitro” no futebol brasileiro, sendo empregado em excesso e retirando a espontaneidade e o ritmo do jogo. A busca pela exatidão, paradoxalmente, torna-se a inimiga da emoção que tanto amamos no esporte.
A CBF na Lente do Crítico: A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também não escapa. Kfouri a descreve como uma “superestrutura profundamente reacionária, corrupta e avessa a qualquer forma de mudança, marcada pela ganância e pela má gestão”. Para ele, a entidade “explora mal a galinha dos ovos de ouro”, desgastando o futebol nacional semana após semana. É uma crítica dura à governança do esporte que, se não for revista, comprometerá o futuro do nosso futebol.
A análise de Juca Kfouri é um espelho para os desafios que o futebol brasileiro precisa enfrentar. A paixão que nos move exige não apenas vitórias em campo, mas integridade, acessibilidade e uma gestão que valorize o esporte em sua plenitude. É hora de repensar para que o Brasil volte a ser, de fato, o país do futebol.
