Bem-vindos ao meu espaço! Sou Alex Braga e, como sempre, mergulho de cabeça nas análises que movem o esporte. Hoje, o foco é a Seleção Brasileira e o nome que, invariavelmente, gera discussões: Neymar. A ausência do camisa 10 na lista de Carlo Ancelotti para os amistosos contra Senegal e Tunísia, que fecham o calendário de 2025, não passou batida. E as palavras do técnico italiano, em entrevista à revista Placar, trazem à tona a eterna questão do craque e seu papel no futebol moderno.
Ancelotti não poupou elogios a Neymar, reconhecendo-o como uma “lenda do futebol brasileiro”. É uma verdade inegável, e o desejo de vê-lo em sua melhor forma é compartilhado por todos os amantes da bola. No entanto, o treinador foi direto ao ponto crucial do futebol atual: “A verdade é que o futebol de hoje pede muitas coisas. Não só o talento, mas também a condição física, a intensidade.” Uma declaração que ecoa o que muitos analistas vêm debatendo há tempos: o talento bruto, por si só, já não é suficiente no altíssimo nível de exigência.
A grande sacada de Ancelotti, e que merece nossa atenção tática, é a projeção de Neymar como um falso 9 na próxima Copa do Mundo. “Acho que ele tem que jogar mais centralizado, não como um ponta, porque os pontas no futebol de hoje são jogadores que você precisa que ajudem também defensivamente. Quando você joga por dentro, o trabalho defensivo é muito menor do que quando você atua como um extremo. E o jogador que tem muito talento, quanto mais perto do gol adversário, maior a oportunidade de marcar”, explicou o técnico.
Essa visão de um Neymar mais próximo do gol, com menos obrigações defensivas, mas com a demanda inegociável por intensidade, pode ser o caminho para o craque readquirir seu protagonismo em uma Seleção que busca uma nova identidade. É um desafio para Neymar e uma aposta tática ousada de Ancelotti, que exige uma preparação física impecável para sustentar o ritmo necessário nessa função vital.
Aguardemos os próximos capítulos dessa história, enquanto a Seleção se prepara para enfrentar Senegal no Emirates Stadium, em Londres, no dia 15, e a Tunísia no dia 18, na Decathlon Arena, em Lille. A intensidade, como Ancelotti bem lembrou, será sempre a palavra de ordem.
