Bem-vindo ao meu espaço. Sou Alex Braga, jornalista e analista esportivo, e respiro competição. Hoje, a pauta é a nossa Seleção Brasileira, que encerrou seus compromissos de 2025 com um sabor amargo e muitas dúvidas no ar.
Fim de Ano Amargo: Seleção Brasileira Decepciona em Empate Sem Brilho e Levanta Questões Táticas a Caminho da Copa
Em um encerramento de 2025 que esfriou as expectativas, a Seleção Brasileira tropeçou em um empate sem graça por 1 a 1 contra a Tunísia, em um amistoso disputado em Lille, na França. Depois da euforia gerada pela convincente vitória sobre Senegal, o time de Carlo Ancelotti mostrou pouca consistência e um repertório tático, para dizer o mínimo, “raso”. Um resultado que liga o sinal de alerta a apenas sete meses da Copa do Mundo.
A partida em si foi “insossa”, um verdadeiro “chá de cadeira” para quem esperava ver a intensidade e a criatividade que se exige de uma equipe que almeja o hexa. O Brasil, que parecia ter encontrado um bom ritmo, estagnou diante da marcação tunisiana e teve enormes dificuldades na criação de jogadas. A insistência em chutes de fora da área, quase sempre sem perigo, revelou a pobreza técnica da equipe em momentos cruciais.
Defensivamente, a equipe claudicou, cedendo espaços perigosos aos contra-ataques da Tunísia, que soube aproveitar as brechas. Foi em uma dessas transições que Mastouri, desmarcado na área, teve toda a calma do mundo para vencer o goleiro Bento e abrir o placar aos 22 minutos. Um gol que expôs fragilidades na organização defensiva brasileira.
No entanto, em meio à mediocridade, um nome brilhou intensamente: Estêvão. Com apenas 18 anos, o jovem talento demonstrou não só habilidade, mas uma personalidade de veterano. Foi dele o pênalti convertido aos 43 minutos do primeiro tempo, após um toque de mão de Bronn na área, que garantiu o empate para o Brasil. Com este gol, Estêvão se consolida como artilheiro da “era Ancelotti”, com cinco gols nas últimas seis partidas. É a prova cabal de um “talento precoce” furando filas e mostrando que, sim, as chances do hexa podem passar pelos seus pés.
O segundo tempo trouxe a entrada de Vitor Roque, o “Tigrinho”, que se esforçou, correu, mas ficou isolado no ataque, recebendo poucas bolas e tendo mais que brigar do que finalizar. A sorte, ou talvez o destino, ofereceu mais uma chance de virada, com um segundo pênalti sofrido por Vitor Roque. A bola da vez, porém, foi para Lucas Paquetá, que em uma cobrança desastrosa, isolou a bola, selando o empate e a frustração em Lille.
Em resumo, a Seleção Brasileira encerra 2025 com a certeza de que há muito trabalho a ser feito. A inconsistência e a falta de criatividade são preocupações reais, e a dependência de lampejos individuais como os de Estêvão não pode ser a tônica para uma Copa do Mundo. Carlo Ancelotti e sua comissão técnica têm um desafio imenso pela frente: transformar este grupo em um time coeso e verdadeiramente competitivo. A paixão do torcedor brasileiro exige mais.
