Bem-vindos ao meu espaço! Sou Alex Braga, e hoje o papo é sobre a Seleção Brasileira, que encerrou seu calendário de 2025 com um amargo empate em 1 a 1 contra a Tunísia, em Lille, na França. Mais do que o resultado, o que vimos em campo foi um teste real para a equipe de Carlo Ancelotti, que deixou mais perguntas do que respostas.
A Tunísia, como esperado, armou uma verdadeira “parede” defensiva, com três zagueiros e uma dedicação à marcação que transformou o jogo em um desafio tático para o Brasil. E foi justamente essa retranca que a seleção canarinho não conseguiu decifrar. O primeiro tempo foi um retrato das dificuldades, com o Brasil perdendo a posse de bola e sofrendo com a velocidade do lado esquerdo tunisiano. O gol de Mastouri, após falha de Wesley na recomposição, ligou o sinal de alerta e escancarou a desorganização defensiva da equipe.
A atmosfera no Decathlon Stadium era, em si, um adversário à parte. Tomado pela fervorosa torcida tunisiana, o estádio se tornou um caldeirão, com sinalizadores e um entusiasmo que pouco lembrava um amistoso. Essa pressão externa, somada à proposta tática adversária, pareceu desestabilizar o Brasil em diversos momentos.
O empate veio de uma jogada fortuita, um toque de mão de Bronn na área que resultou em pênalti. Estêvão, com a frieza de um veterano, converteu e evitou que a Seleção fosse para o intervalo em desvantagem. No entanto, a segunda etapa reservaria o momento mais frustrante da noite. Após Vitor Roque sofrer um novo pênalti, Paquetá assumiu a responsabilidade – por indicação de Ancelotti, diga-se de passagem, mesmo com Estêvão em campo – e isolou a bola, jogando por terra a chance da virada. Para coroar a noite de oportunidades perdidas, Estêvão ainda acertou a trave no último lance.
Ancelotti manteve a formação com quatro atacantes, mas o brilho visto em outras partidas não se repetiu. As mudanças no intervalo, com Danilo e Vitor Roque entrando, e mais tarde Fabinho e Fabrício Bruno substituindo Casemiro, Bruno Guimarães e o lesionado Militão, visavam testes e ajustes. Contudo, o time continuou a esbarrar na forte marcação tunisiana, evidenciando que, contra defesas compactas, a Seleção ainda carece de repertório e intensidade.
Com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas em oito jogos sob o comando de Ancelotti, o retrospecto não é de todo ruim, mas este último amistoso de 2025 ressalta a importância de aprimorar a capacidade de furar bloqueios defensivos. A Seleção Brasileira só volta a campo em março de 2026, nos Estados Unidos, para os últimos testes contra França e Croácia antes da convocação final para a Copa do Mundo. Resta saber como Ancelotti usará o tempo para transformar essas incertezas em convicções.
