Bem-vindo ao meu espaço! Sou Alex Braga, e hoje mergulhamos em um tema que sempre gera burburinho nos bastidores e nos campos: os salários dos craques. Mas não estamos falando dos valores estratosféricos que a mídia divulga em contratos de patrocínio e direitos de imagem. Um estudo recente do Observatório de Futebol do CIES (Centro Internacional de Estudos de Esportes) trouxe uma perspectiva fascinante e, para muitos, surpreendente: os “salários reais” do futebol mundial, baseados puramente no mérito em campo.
CIES Revela \’Salários Reais\’ do Futebol: Mbappé Lidera Ranking de Mérito, com Surpresas no Top 10
Um estudo inovador do CIES desvenda os \’salários reais\’ do futebol mundial, baseados exclusivamente no desempenho em campo. Kylian Mbappé lidera, mas a lista surpreende ao excluir grandes nomes e destacar novos talentos, revelando uma nova perspectiva sobre o valor do mérito no esporte bretão.
O CIES, conhecido por suas análises aprofundadas, lançou uma pesquisa que promete agitar o mercado do futebol e as discussões sobre o valor de um atleta. O levantamento, que projeta os 100 maiores “salários reais” do futebol mundial, utiliza um modelo estatístico robusto que considera variáveis estritamente esportivas. Esqueça os acordos comerciais milionários e foque no que realmente importa em campo: tempo de jogo, o nível técnico das partidas disputadas e a posição principal em que o jogador atua.
A principal premissa aqui é que esses “salários reais” são um reflexo direto da performance. Por isso, nomes que costumam dominar as manchetes por seus rendimentos anuais podem não aparecer tão bem posicionados quando o critério é o mérito puro. O estudo deixa claro que direitos de imagem e outras fontes de renda foram excluídos, o que explica os valores apresentados serem, muitas vezes, inferiores aos que estamos acostumados a ouvir.
A grande estrela do Paris Saint-Germain, Kylian Mbappé, desponta como o líder incontestável deste ranking de mérito. O francês figura com um vencimento anual bruto de 22,8 milhões de euros (aproximadamente R$ 140 milhões na cotação atual). Interessante notar que este valor ainda é cerca de 40% menor do que o que o Real Madrid estaria disposto a pagar a ele, evidenciando a distância entre o “salário real” baseado em performance e os valores do mercado inflacionados por outros fatores.
A pesquisa também reforça uma tendência que observamos nas táticas modernas: jogadores ofensivos, por sua natureza de impacto direto no resultado, tendem a ter um “salário real” mais elevado pelas métricas do CIES.
E as surpresas não param por aí. Nosso craque brasileiro, Vinícius Jr., que hoje figura entre os seis maiores salários do futebol mundial em termos de contrato geral, aparece na décima posição no ranking de “salários reais”. É um reconhecimento importante do seu impacto em campo, mas que mostra a força dos outros fatores em seu contrato atual.
A análise do CIES escancara uma dicotomia. Enquanto nomes como Cristiano Ronaldo (Al Nassr), Lionel Messi (Inter Miami), Karim Benzema (Al Ittihad), Erling Haaland (Manchester City) e Sadio Mané (Al Nassr) estão no top-10 dos maiores salários “de mercado”, nenhum deles aparece entre os dez primeiros na lista de “salários reais” baseados em mérito. Isso é um prato cheio para quem, como eu, gosta de analisar o futebol além da superfície. Será que a aposta nesses craques veteranos em ligas de menor visibilidade internacional, ou mesmo o poder de barganha de jovens talentos, distorce a percepção do seu real valor de performance?
Por outro lado, alguns jogadores conseguem o feito de aparecer nas duas listas (top-10 de maiores salários e de “salários reais” por mérito): Kylian Mbappé, Vinícius Jr., Mohamed Salah, Jude Bellingham e Lamine Yamal. Isso demonstra uma consonância entre o alto investimento e a performance consistente em campo para esses atletas.
E para completar o top-10 dos “salários reais” – trazendo novos nomes para a discussão – temos João Neves, Dominik Szoboszlai, Ousmane Dembélé, Julián Álvarez e Lautaro Martínez. Estes são jogadores cujo impacto e desempenho são tão significativos que os colocam entre os mais bem remunerados quando o critério é puramente o que eles entregam dentro das quatro linhas.
Este estudo do CIES nos convida a uma reflexão profunda. Em um mundo do futebol onde cifras astronômicas se tornam cada vez mais comuns, entender o “salário real” baseado no mérito nos dá uma bússola para valorizar o desempenho genuíno. É um convite para olhar além do brilho ofuscante dos holofotes e focar na essência da competição.
