Bem-vindos ao meu espaço, sou Alex Braga, e hoje o assunto vai além da tática e do placar, tocando diretamente na essência da competição: a disciplina e o fair play. Uma decisão recente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) jogou luz sobre a importância da conduta esportiva, mesmo no âmbito amador, ao confirmar a suspensão de dois anos para um jogador envolvido em uma briga generalizada.
O palco do incidente foi um campeonato municipal de futebol no litoral norte de Santa Catarina. O que deveria ser uma festa do esporte local transformou-se em um episódio lamentável de agressão física entre um atleta e um adversário, culminando em um tumulto que se estendeu do gramado às arquibancadas, envolvendo até torcedores. As imagens da confusão foram cruciais e serviram como prova irrefutável no processo judicial.
O atleta punido buscou reverter a decisão, alegando que não houve agressão de sua parte e que a sanção de dois anos de afastamento era desproporcional, especialmente considerando o contexto do esporte amador. Argumentou, inclusive, a violação do princípio do contraditório. No entanto, a 1ª Câmara de Direito Público do TJSC, em unanimidade, rejeitou os argumentos. O desembargador relator foi enfático: as imagens não deixam margem para dúvidas, confirmando a participação do jogador nas agressões, que tiveram início após sua expulsão e se estenderam de forma inaceitável.
O Tribunal ainda destacou que a penalidade não se mostrou desproporcional, realizando uma análise comparativa com os regulamentos disciplinares de outros campeonatos de futebol amador pelo país. A conclusão é clara: o Poder Judiciário não deve interferir em decisões administrativas quando estas são justas e fundamentadas.
Essa decisão é um gol de placa para a integridade do esporte amador. Ela serve como um lembrete contundente de que a paixão pela bola não pode jamais justificar a violência. O futebol, em qualquer nível, é um vetor de valores como respeito, união e superação. Episódios como este mancham a beleza do jogo e afastam famílias e comunidades dos estádios. Que essa confirmação do TJSC ressoe como um apito final para a impunidade e reforce a mensagem de que a ética e a responsabilidade devem estar sempre em campo.