Bem-vindos ao meu espaço! Alex Braga aqui, pronto para mergulhar no último capítulo do futebol brasileiro em 2025, um amistoso que, para mim, vai muito além das quatro linhas. Nesta terça-feira, a Seleção Brasileira de Carlo Ancelotti enfrenta a Tunísia em Lille, na França, encerrando o ano com um importante teste de olho na Copa do Mundo de 2026.
Mas se você pensa que este é apenas mais um jogo preparatório, prepare-se para uma virada de roteiro. Este duelo carrega uma história fascinante, um elo inesperado que conecta o calor do Maranhão à glória do futebol africano.
A Tunísia chega para o confronto com a moral lá em cima. Fizeram uma campanha impecável nas Eliminatórias Africanas, com 20 gols marcados e nenhum sofrido no Grupo H, mostrando a força e a competitividade que os consolidam como uma das seleções mais respeitadas do continente. Apesar do histórico favorável ao Brasil (vitórias por 4 a 1 em 1973 e 5 a 1 em 2022), a equipe tunisiana não será um adversário fácil.
O que muitos não sabem é que a maior conquista da história do futebol tunisiano, a Copa Africana de Nações de 2004, tem um “DNA maranhense”. Sim, você leu certo! Dois jogadores nascidos no Maranhão foram peças-chave para aquela taça histórica.
Os Heróis Maranhenses da Tunísia
Em 2004, na final contra o Marrocos, em Radès, o atacante Francileudo Santos, natural de Zé Doca (169 km de São Luís), abriu o placar logo aos quatro minutos. Ele terminou a competição como um dos artilheiros, uma verdadeira máquina de gols. Ao lado dele, na defesa, estava José Clayton, nascido na capital São Luís, uma muralha que garantiu a solidez defensiva do time campeão.
A trajetória de ambos é digna de destaque. José Clayton Menezes Ribeiro, zagueiro, começou sua carreira no Moto Club e fez história na Tunísia, conquistando quatro campeonatos nacionais e a Copa das Confederações da CAF, além de representar a Tunísia nas Copas do Mundo de 1998 e 2002.
Francileudo dos Santos Silva Lima, atacante, despontou no Sampaio Corrêa, brilhou no Étoile du Sahel e fez uma carreira sólida no futebol francês, conquistando a Copa da Liga Francesa e sendo artilheiro da Ligue 2. Ele também defendeu as cores tunisianas na Copa do Mundo de 2006.
Este amistoso em Lille é, portanto, muito mais que um acerto de calendário ou um teste tático para Ancelotti. É uma oportunidade de celebrar a rica tapeçaria do futebol, onde conexões improváveis se formam e histórias de superação e glória transcendem fronteiras. É a prova de que o esporte, na sua essência, é sobre as pessoas, as paixões e os legados que deixamos. E que dois maranhenses deixaram uma marca indelével na história da Tunísia.
