Bem-vindos ao meu espaço! Aqui é Alex Braga, e hoje o assunto é a bola rolando para um evento que promete mudar o cenário do futebol feminino em nosso país: a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027. O Brasil, escolhido pela FIFA em maio de 2024, não está parado, e o Comitê Gestor (CGCOPA) acaba de dar um passo gigantesco ao instituir oito câmaras temáticas de trabalho, marcando o início de uma nova e crucial fase operacional.
A complexidade de sediar um Mundial é imensa, mas a articulação demonstrada pelo Ministério do Esporte (MEsp) e seus parceiros é um sinal claro do comprometimento. São 23 órgãos da administração pública federal, incluindo pesos-pesados como a Advocacia Geral da União, os Ministérios da Fazenda, Saúde, Educação, Transportes, Justiça e Segurança Pública, Igualdade Racial, Mulheres e Turismo, trabalhando em uníssono.
A secretária-executiva do MEsp e coordenadora do torneio, Cynthia Motta, ressaltou a importância dessa estrutura de governança. “A instalação do comitê consolida a etapa inicial de governança e organiza as responsabilidades entre os órgãos participantes”, afirmou Motta, apontando para a eficiência que se busca na organização. O próximo passo, a instalação do comitê executivo, focará em ações operacionais essenciais: transportes, regime fiscal, vistos, segurança e tecnologia da informação – pilares fundamentais para o sucesso de um evento de tal magnitude.
Mas a Copa de 2027 vai muito além da organização pontual. O governo brasileiro tem uma visão ambiciosa de legado. Cynthia Motta destacou a intenção de fortalecer o futebol feminino, não apenas durante o torneio, mas a longo prazo. O objetivo é criar condições para a permanência das atletas na modalidade, evitando que promissoras carreiras sejam interrompidas por falta de apoio financeiro, um problema histórico no esporte.
A lenda Mariléia Santos, diretora de Políticas e Promoção do Futebol Feminino do MEsp, a “Michael Jackson” do futebol brasileiro, ecoou essa visão com paixão. Para ela, a Copa no Brasil “consolida a agenda de desenvolvimento do futebol feminino e amplia o acesso de meninas e mulheres à prática esportiva”. Santos reforça um ponto crucial: “Vemos nessa iniciativa a oportunidade de proporcionar espaços seguros e respeitosos para que meninas e mulheres possam praticar futebol livremente, o que é um direito e o Brasil já demonstrou que tem um futebol feminino de excelência. Creio que a Copa do Mundo pode consolidar ainda mais o futebol feminino”. É a voz da experiência, de quem viveu na pele os desafios e agora vislumbra um futuro mais justo e promissor.
As oito cidades-sede já estão prontas para receber o mundo: Fortaleza (Arena Castelão), Recife (Arena Pernambuco), Salvador (Arena Fonte Nova), Belo Horizonte (Mineirão), São Paulo (Arena Itaquera), Rio de Janeiro (Maracanã), Porto Alegre (Beira-Rio) e Brasília (Estádio Nacional). A contagem regressiva segue firme; faltam 584 dias para o apito inicial. Enquanto isso, o Projeto de Lei Geral da Copa do Mundo Feminina está em fase final no Ministério do Esporte, a caminho do Congresso Nacional antes do recesso.
Essa é a grande jogada: um Mundial que não busca apenas a glória esportiva, mas que se propõe a ser um catalisador de transformação social, empoderamento e desenvolvimento para o futebol feminino brasileiro. Estarei de olho em cada lance dessa preparação!
