Bem-vindos ao meu espaço! Alex Braga por aqui, e hoje vamos mergulhar em um tema que une a paixão pelo esporte com a crucial atenção à saúde: a crescente onda dos esportes amadores no Brasil e os perigos que espreitam quem se aventura sem o devido preparo.
É inegável que a busca por uma vida mais ativa tem levado milhares de brasileiros para as quadras de futebol, as pistas de corrida e os campos de vôlei. A corrida e o futebol amador, em especial, viraram febre, tirando muita gente do sofá e combatendo o sedentarismo. E isso é fantástico! O movimento é vida, e o esporte, mesmo sem o brilho profissional, é uma ferramenta poderosa para o bem-estar físico e mental.
No entanto, essa euforia tem um lado B, e ele está enchendo os consultórios médicos. Conversei com o ortopedista David Sadigursky, e a mensagem é clara: o número de lesões entre os atletas amadores tem crescido exponencialmente. “Essa incidência tem aumentado bastante, pela falta de preparo, condicionamento adequado, por isso que é muito importante uma consulta antes de começar qualquer esporte”, alerta Sadigursky.
A verdade é que a paixão, por mais nobre que seja, não substitui a prudência. Muitos entusiastas mergulham de cabeça sem uma avaliação médica prévia, sem o condicionamento físico necessário e, por vezes, até com equipamentos inadequados, como tênis velhos ou incorretos para a modalidade. Outro erro comum é a pressa: aumentar a intensidade ou a quilometragem de forma brusca, achando que o corpo vai se adaptar de uma hora para outra.
E o pior, amigos, é ignorar os sinais do corpo. Quantas vezes não ouvimos ou até mesmo sentimos aquela dorzinha e pensamos: “Ah, vai passar”? Sadigursky é enfático: “Uma lesão que já está presente, ela pode agravar, principalmente se continuar insistindo no esporte. E aí uma lesão que era parcial pode se tornar uma lesão total, completa. Então, a gente precisa entender que a gente tem um momento que precisa dar uma pausa, precisa parar, repousar pra gente conseguir voltar.”
Essa é a máxima do esporte, seja ele de alto rendimento ou no campinho da esquina: o corpo fala. E a gente precisa aprender a ouvi-lo. Respeitar os limites, planejar a atividade física com responsabilidade, buscar orientação profissional – esses são os segredos para que a paixão pelo esporte amador continue sendo uma fonte de saúde e alegria, e não de visitas indesejadas ao ortopedista.
Que a bola continue rolando e os pés correndo, mas sempre com a cabeça no lugar e a saúde em primeiro plano!
