Brasília, 06 de novembro de 2025 – Em um cenário onde a seca é uma adversária histórica, o anúncio da autorização para as obras da Adutora do Agreste Potiguar no Rio Grande do Norte não é apenas uma notícia, mas um marco. Com um investimento colossal de R$ 448 milhões do Governo Federal, a iniciativa se posiciona como a maior e mais estratégica obra de segurança hídrica já vista no estado, prometendo um futuro com água de qualidade para mais de 500 mil potiguares em 38 municípios.
Para nós, do D-Taimes, é imperativo ir além do mero anúncio e dissecar as intersecções entre o poder político e o impacto direto na vida do cidadão. A presença de figuras como o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, a governadora Fátima Bezerra e o diretor-presidente da Codevasf, Lucas Felipe de Oliveira, na assinatura da Ordem de Serviço, sublinha a relevância política do empreendimento. Esta não é apenas uma obra de engenharia; é uma demonstração de força e alinhamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) do governo federal, visando reforçar sua presença e entregas em regiões estratégicas.
A adutora, que se estenderá por 170,9 km de tubulação e garantirá uma vazão de 890 litros por segundo, ataca um dos desafios sociais mais prementes do semiárido: a falta crônica de água. Mais do que saciar a sede, o projeto visa catalisar o desenvolvimento social e econômico, com potencial para gerar milhares de empregos diretos e indiretos. Este é o ponto crucial de nossa análise: como um investimento público bilionário se traduz em oportunidades e melhorias tangíveis para comunidades que há tanto tempo clamam por infraestrutura básica.
O Rio Guajú, na divisa com a Paraíba, será a fonte dessa esperança hídrica, com a água captada e distribuída por um sistema que integrará três adutoras intermunicipais, aliviando a sobrecarga da rede existente. É uma solução que, se bem executada, não apenas resolverá um problema histórico, mas também redefinirá a dinâmica de crescimento da região central do estado.
No entanto, o jornalismo do D-Taimes nos impulsiona a questionar: a grandiosidade dos números e a visibilidade política garantem a eficiência e a sustentabilidade a longo prazo? O prazo de execução de cinco anos exige uma fiscalização contínua e transparente para assegurar que os recursos sejam aplicados com a devida ética e que os benefícios prometidos cheguem efetivamente à população. A Adutora do Agreste Potiguar é um passo fundamental, mas a responsabilidade de transformar este investimento em dignidade e prosperidade duradoura recai sobre as mãos da gestão pública e da vigilância social.
