Bem-vindos ao meu espaço, amantes do esporte! Alex Braga em campo para dissecar mais uma página eletrizante do futebol sul-americano. E que página foi essa, escrita em Assunção, capital do Paraguai! O Lanús, com uma atuação de gala de seu goleiro, Losada, sagrou-se bicampeão da Copa Sul-Americana ao vencer o Atlético-MG nos pênaltis por 5 a 4, após um insistente e tenso 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação.
O Defensores del Chaco foi palco de um verdadeiro drama. O Galo buscava um título inédito, mas encontrou um adversário resiliente e um goleiro em estado de graça. Desde o início, a tática de estudo mútuo prevaleceu, com poucas chances claras e muita batalha no meio-campo. Ainda assim, as melhores oportunidades na partida foram do Atlético-MG. Arana, Bernard (com uma bola na trave) e Dudu testaram Losada, que se mostrou intransponível ao longo dos 120 minutos. A prorrogação, por sua vez, foi um martírio para o torcedor atleticano: o atacante Biel, que havia entrado para dar fôlego ao ataque, desperdiçou duas chances claríssimas, praticamente de frente para o gol, que poderiam ter evitado a fatídica disputa de pênaltis.
E então, veio a roleta russa das penalidades. O Atlético-MG, que começou com a vantagem de Everson defendendo a primeira cobrança de Walter Bou, viu o cenário virar de cabeça para baixo. O ídolo Hulk, de 39 anos, em um momento crucial, bateu mal e permitiu a defesa de Losada, que já começava a se agigantar na meta argentina. Após uma sequência de acertos, a pressão aumentou. Losada defendeu novamente, dessa vez a cobrança de Biel, que teve uma noite para esquecer. O Lanús teve seu “match point” com Lautaro Acosta, que de forma bizarra, chutou por cima do gol, dando um sopro de esperança ao Galo. Everson, com coragem, assumiu a responsabilidade do quinto pênalti e converteu com maestria.
Nas cobranças alternadas, a tensão era palpável. Cardozo, Alexsander e Watson balançaram as redes. Mas a história estava escrita para o goleiro Losada. Na cobrança decisiva de Vitor Hugo, o arqueiro argentino fez sua terceira e mais importante defesa da noite, garantindo o bicampeonato para a equipe Granate.
Este é o segundo título de Copa Sul-Americana para o Lanús, que já havia superado um time brasileiro em 2013, ao vencer a Ponte Preta. Para o Atlético-MG, fica o amargo sabor da derrota e a lição de que, em finais, a história por trás do jogo muitas vezes é definida nos detalhes.
Com a vitória, além da glória continental, o Lanús carimbou sua vaga na fase de grupos da próxima Libertadores e embolsou uma bolada: US$ 9,75 milhões (aproximadamente R$ 52 milhões) em premiações da Conmebol. Uma recompensa e tanto pela persistência e pela noite histórica do seu goleiro herói.
