O Império Discreto de Tom Holland: Como a Cerveja Sem Álcool Bero Conquista o Mercado e Redefine Tendências
Por Alice Drummond, D-Taimes
No cruzamento entre o fascínio de Hollywood e as dinâmicas do mercado de bebidas, surge um fenômeno que merece nossa atenção: a Bero, a cerveja sem álcool co-fundada pelo aclamado ator Tom Holland. Em pouco mais de um ano, o que começou como uma aposta online, agora se solidifica como uma força disruptiva no varejo, prestes a alcançar uma receita anual de oito dígitos. Um movimento que não apenas atesta a perspicácia empresarial do “Homem-Aranha”, mas também sinaliza uma mudança profunda nos hábitos de consumo globais.
A ascensão da Bero não é um mero acaso. Em um cenário onde as decisões em grandes centros financeiros ecoam no dia a dia do cidadão, a estratégia da marca é um estudo de caso sobre como expandir um mercado, e não apenas competir nele. John Herman, CEO da Bero, é categórico ao afirmar que o desafio central é consolidar a categoria de bebidas sem álcool, afastando a percepção de que é apenas uma moda passageira. A meta é ambiciosa: fazer com que varejistas e distribuidores vejam o valor inquestionável de investir nesse setor emergente.
A análise de dados revela que o mercado de bebidas sem álcool está em ebulição, com projeções que indicam um faturamento de US$ 5 bilhões nos EUA nos próximos três anos, impulsionado, em grande parte, pelas cervejas não alcoólicas. A Bero, com sua nova cervejaria na Bélgica e expansão notável no Reino Unido e em mais de 4.000 pontos de venda nos EUA – incluindo gigantes como Target e Total Wine –, está estrategicamente posicionada para capitalizar essa demanda crescente.
O poder da influência, neste contexto, é inegável. A presença de Tom Holland, com seus 63 milhões de seguidores nas redes sociais, tem sido um catalisador crucial para a visibilidade da Bero no Instagram e TikTok. Além disso, a marca tem investido em parcerias estratégicas de alto perfil, como eventos em Wimbledon e colaborações com a Aston Martin, e até mesmo com a marca de café Happy, co-fundada por Robert Downey Jr. Tal estratégia, aliada à contratação de Jacopo Maria Cinti, ex-diretor criativo de marcas de luxo, demonstra uma intenção clara de posicionar a Bero como um produto premium, com um “luxo silencioso” que ressoa com a busca por um estilo de vida mais consciente e sofisticado.
Para além dos números e do brilho das celebridades, a história da Bero ilustra a capacidade de inovar e de se adaptar às transformações sociais. A expansão da equipe de 8 para 30 pessoas em um curto espaço de tempo reflete não só o sucesso, mas também o investimento em capital humano para sustentar o crescimento. É uma empresa que, ao mirar consumidores que antes não consideravam as opções sem álcool, não apenas vende um produto, mas participa ativamente da redefinição de um comportamento e de uma cultura.
O D-Taimes continuará a observar de perto como as dinâmicas entre o poder corporativo e as tendências de consumo moldam o mercado, e como iniciativas como a da Bero, impulsionadas por figuras públicas, podem ter um impacto duradouro na economia e no bem-estar social. A lição da Bero é clara: o futuro das bebidas pode ser sóbrio, mas o sucesso empresarial está longe de ser discreto.
