Bem-vindos ao meu espaço! Alex Braga na área para destrinchar mais um capítulo inesquecível do futebol mundial. Preparem-se para a emoção, porque o que a Irlanda fez contra a Hungria nas Eliminatórias da Copa do Mundo foi roteiro de cinema!
A décima e última rodada do Grupo F das qualificatórias europeias nos entregou um drama daqueles que só o “esporte bretão” é capaz de produzir. Enquanto Portugal, com sua goleada avassaladora de 9 a 1 sobre a Armênia, já carimbava o passaporte direto para o Mundial, a verdadeira batalha se desenrolava em Budapeste, com Hungria e Irlanda disputando a segunda e valiosa vaga para a repescagem. Os húngaros entravam em campo com a vantagem de um ponto, precisando apenas de um empate para seguir sonhando.
E a partida começou frenética! Lukács abriu o placar para a Hungria logo aos três minutos, na Puskás Aréna, incendiando a torcida da casa. Mas a Irlanda, ah, a Irlanda não se entregaria fácil. Aos 15, Troy Parrott, atacante do AZ Alkmaar, mostrou frieza e empatou de pênalti, mas Barnabás Varga recolocava a Hungria na frente de novo ainda no primeiro tempo. Parecia que a vantagem dos anfitriões se consolidaria.
Mas este jogo tinha o DNA da superação. Aos 35 minutos da segunda etapa, o herói da noite, Troy Parrott, apareceu de novo para deixar tudo igual, 2 a 2. A tensão era palpável, o relógio corria, e o empate classificava a Hungria. A esperança irlandesa parecia se esvair nos últimos segundos…
Foi então que o futebol, em sua essência mais cruel e gloriosa, entregou a reviravolta. Nos derradeiros instantes dos acréscimos, o goleiro Kelleher se aventurou ao meio-campo, lançando a bola na área húngara. Um desvio providencial de Liam Scales e, lá estava ele, Troy Parrott, para empurrar a bola para o fundo das redes. O hat-trick, o gol da virada, o gol da CLASSIFICAÇÃO! O estádio explodiu em euforia irlandesa, com a equipe toda invadindo o campo numa celebração que traduzia anos de luta e uma crença inabalável.
Parrott, que já havia sido decisivo na vitória sobre Portugal, marcando os dois gols daquele jogo, prova que vive uma fase iluminada e é a grande esperança para a seleção irlandesa buscar sua quarta participação em Copas do Mundo (após 1990, 1994 e 2002). Eles nunca ergueram a taça, mas a paixão e a resiliência demonstradas hoje em Budapeste mostram que a jornada da repescagem será encarada com a mesma garra.
Que jogo, amigos! Que espetáculo de superação e pura emoção! A Irlanda segue viva na busca pelo sonho do Mundial, e o futebol, mais uma vez, nos lembrou por que somos tão apaixonados por ele.
