Bem-vindos ao meu espaço! Aqui é Alex Braga, e hoje mergulhamos na complexa partida que se desenrola nos bastidores do futebol brasileiro, envolvendo a Libra e o Flamengo. Uma disputa que foi parar nos tribunais e que, agora, vê um capítulo importante ser virado com a liberação de valores significativos.
Libra comemora liberação de verbas e aponta \”estratégia de asfixia\” do Flamengo
A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) celebrou nesta quarta-feira (12) a decisão da Justiça do Rio de Janeiro de liberar a maior parte do dinheiro que estava retido por uma liminar impetrada pelo Flamengo. O montante, que girava em torno de R$ 66 milhões, faz parte dos direitos de transmissão dos clubes associados ao bloco e estava bloqueado devido a um embate sobre os critérios de repasse.
Em comunicado oficial, a Libra não poupou críticas à postura do clube carioca, classificando a ação como uma \”estratégia escolhida pelo clube carioca e que não deu certo\” para \”asfixiar financeiramente os demais clubes da Associação\”. A entidade enfatizou que o Flamengo \”nunca apresentou qualquer cálculo que identificasse, na petição do recurso, o valor que o clube entendia que deveria fazer jus,\” justificando assim a decisão judicial favorável aos demais membros.
O Nó da Questão: Direitos de Transmissão e Modelos de Divisão
O cerne da discórdia reside na metodologia de distribuição das milionárias verbas de direitos de transmissão. O acordo com a Globo prevê um repasse de R$ 1,17 bilhão por temporada da Série A, com 30% desse valor atrelado à audiência. A fórmula da Libra considera a porcentagem de audiência de cada clube (mandante e visitante) sobre o total da Série A, ponderada pela contribuição da plataforma (TV aberta, fechada ou pay-per-view).
O Flamengo, no entanto, discorda dessa abordagem. Para o Rubro-Negro, a divisão deveria ser baseada nos registros de pay-per-view de cada clube. Se um clube, por exemplo, detém 35% dos cadastros, deveria receber 35% do valor correspondente à audiência. A proposta flamenguista foi levada a uma reunião em agosto, mas encontrou apoio apenas do Volta Redonda, sendo rechaçada pelos demais integrantes da Libra.
A Batalha Legal e o Futuro da Liga
Foi diante dessa impasse que o Flamengo, apoiado por um artigo do estatuto da Libra que exige unanimidade em decisões sobre distribuição financeira, recorreu à Justiça para garantir o repasse de R$ 77,1 milhões da segunda parcela dos direitos de transmissão do Brasileirão 2024. A liminar inicial causou alvoroço e gerou a forte reação dos clubes que formam a Libra, bloco fundado em maio de 2022 com a missão de modernizar o futebol nacional.
A decisão da desembargadora Lúcia Helena Passos, do Tribunal de Justiça do Rio, ao desbloquear os R$ 66 milhões, é vista pela Libra como um reforço institucional. A entidade reafirmou seu compromisso com o diálogo, o entendimento coletivo e a construção de um modelo \”mais justo, sustentável e profissional\” para o futebol brasileiro. A Libra insiste que a evolução do esporte exige \”estabilidade e confiança nas instituições\” e que o confronto não é o caminho para o avanço.
Com a situação agora restabelecida em grande parte, a Libra afirma seguir fortalecida em sua intenção de representar os clubes na formação da sonhada Liga Nacional, mantendo seus alinhamentos e a convicção de que \”juntos somos muito maiores e melhores\”. O embate jurídico, que temporariamente congelou o caixa de diversos clubes em um momento crucial do Campeonato Brasileiro, serve de lembrete da complexidade e dos interesses que cercam o desenvolvimento do futebol no país.
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Alex Braga, seu analista esportivo, trazendo a história por trás do jogo.
