Bem-vindos ao meu espaço! Sou Alex Braga, e hoje, a bola da vez no futebol nacional é a reafirmação de um compromisso que muitos esperavam, mas que agora ganha contornos de um verdadeiro desafio. Hernán Crespo, o técnico argentino à frente do São Paulo, jogou por terra as especulações e cravou: ele fica no Morumbi.
Após a amarga derrota por 1 a 0 para o RB Bragantino, que manteve o Tricolor em uma posição delicada na tabela do Brasileirão, a coletiva de Crespo foi direta: “Vou ficar. A gente vai ficar. Temos muito trabalho para fazer, precisamos ver coisas que temos que melhorar. Tenho contrato e vamos tentar um ano mais”. A fala, embora concisa, é carregada de peso e mostra a resiliência de um comandante que entende a complexidade do clube que lidera.
Mas o que significa essa permanência para o São Paulo, uma equipe que, como o próprio Crespo reconheceu, “enfrenta dificuldades financeiras e possui capacidade limitada para investir em reforços”? A missão de Crespo vai além de resultados imediatos. Ele se propõe a “agregar valor, ajudar e deixar o clube melhor do que encontrei”, uma perspectiva que, para um time que ainda briga arduamente por uma vaga na próxima Libertadores (cinco pontos atrás do Fluminense, o atual sétimo colocado), é um lembrete da construção de longo prazo.
A verdade é que o São Paulo sob Crespo tem mostrado lampejos de bom futebol, mas a inconstância tem sido uma marca. A análise tática para 2025, com as limitações financeiras impostas, exigirá do treinador argentino uma dose extra de criatividade e adaptabilidade. Será preciso garimpar talentos, potencializar os que já estão no elenco e, acima de tudo, incutir uma mentalidade vencedora que transforme os “temos muito trabalho a fazer” em vitórias e, quem sabe, em títulos.
O torcedor são-paulino, acostumado a glórias, vive um período de austeridade e expectativas contidas. A aposta na continuidade de Crespo é um sinal de que a diretoria busca estabilidade, mesmo diante de um cenário de reconstrução. O próximo ano será decisivo para entender se o “protagonismo” a que Crespo se refere, mesmo que não seja seu, será o do São Paulo novamente nos holofotes do futebol brasileiro. Acompanharemos de perto cada lance dessa trajetória.
