Bem-vindos novamente ao meu espaço! Alex Braga por aqui, e hoje mergulhamos em um tema que une duas paixões nacionais: futebol e a rica tapeçaria da nossa cultura, refletida até mesmo nos nomes que escolhemos para nossos filhos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de lançar a ferramenta “Nomes no Brasil”, e os dados são fascinantes, confirmando algo que sempre soubemos intuitivamente: nossos ídolos em campo e nas telas têm um poder imenso, moldando tendências que vão muito além dos resultados e roteiros.
O levantamento do IBGE, com base no Censo 2022, mostra que o futebol, o nosso “esporte bretão”, é um verdadeiro “influenciador” de berço. Nomes de craques lendários não apenas ecoam nas arquibancadas, mas encontram seu caminho para as certidões de nascimento, imortalizando momentos e paixões.
Peguemos o exemplo de Rivelino, o “Reizinho do Parque”, um dos maiores de todos os tempos. Ícone da Seleção Brasileira campeã mundial em 1970, seu nome atingiu o auge precisamente naquela década, com 69% dos registros de Rivelinos concentrados nesse período glorioso. A magia de seu drible e a força de seu chute se traduziram em inspiração para pais e mães de todo o país.
Avançando para os anos 90, quem brilhou intensamente foi Romário. O “Baixinho” que nos trouxe o tetra em 1994, com sua genialidade e faro de gol incomparáveis, viu seu nome ter 69% dos registros dessa década. É a prova cabal de como a performance em campo, a garra e a conquista se transformam em legados que a população abraça e reproduz.
E nos tempos mais recentes, a partir de 2010, surge Neymar. O atacante, que se tornou um fenômeno global, começou a popularizar seu nome, consolidando-se como uma das maiores referências do futebol moderno. Sua trajetória, seus gols e seu carisma, apesar das polêmicas, continuam a ser uma fonte de inspiração para muitos.
Mas, como a própria ferramenta do IBGE aponta, não é só a bola que rola nesse campo da influência. As telenovelas também têm um papel gigantesco. O nome Helena, por exemplo, alcançou grande popularidade, em grande parte, por ser o nome recorrente das protagonistas das tramas do renomado autor Manoel Carlos. Isso nos mostra que a cultura popular, em suas diversas manifestações, é um espelho potente dos nossos desejos e admirações.
Essa intersecção entre esporte e cultura popular é fascinante. Ela revela que os atletas são mais do que meros competidores; eles são verdadeiros embaixadores culturais, cujos feitos e personalidades reverberam na sociedade, inspirando gerações de torcedores a homenageá-los da forma mais íntima possível: no nome de seus filhos. É a prova viva de que a emoção do jogo e a arte da narrativa se entrelaçam, deixando marcas duradouras em nossa identidade coletiva.
