Ceni em Fúria: Treinador do Bahia Detona VAR e Cobra Mais Rigor Contra Provocação no Futebol Brasileiro
Aqui em meu espaço, sempre respiro a competição em sua essência, e é com a mesma paixão que trago as análises mais quentes do nosso futebol. E o que Rogério Ceni, técnico do Bahia, vocalizou após a vitória de virada sobre o Red Bull Bragantino na Arena Fonte Nova, é um grito que ecoa nos bastidores e nos campos do Brasil: um desabafo incisivo sobre a arbitragem e, principalmente, o famigerado VAR.
Para Ceni, a paciência com o sistema de vídeo chegou ao limite. Em suas palavras, “o VAR faz m*** para caramba aqui”. Uma declaração forte, que reflete a frustração de muitos envolvidos no esporte. O técnico baiano criticou a falta de objetividade e o excesso de intervenções, que segundo ele, “atrasa o jogo, entra onde não deve, chama onde não precisa, gasta tempo do jogo para caramba”. É um ponto crucial: a tecnologia veio para auxiliar, mas tem se tornado um protagonista com decisões muitas vezes questionáveis e um ritmo arrastado.
A questão da provocação em campo também foi um alvo direto de Rogério. Ele trouxe à tona a expulsão de Gonzalo Plata, do Flamengo, na semifinal da CONMEBOL Libertadores contra o Racing, para ilustrar a sua tese. “O Plata, o cara que foi provocar ele deveria ser expulso junto”, afirmou. Ceni defende a criação de “mecanismos mais severos” para punir não apenas a reação, mas o causador da provocação, o que, de fato, poderia coibir atitudes antidesportivas que só inflamam os ânimos e prejudicam o espetáculo.
O treinador do Bahia não parou por aí. A morosidade no jogo, com goleiros fazendo “muita cera” e tiros de meta que demoram “60 segundos para bater”, também foi colocada na mesa. Para Ceni, é preciso ter “regras mais claras” e “deixar de ser tão chato para apitar e deixar o árbitro arbitrar de maneira um pouco mais tranquila”. Uma visão que busca um equilíbrio entre a fiscalização e a fluidez necessária ao espetáculo do futebol.
No cerne de sua argumentação, Ceni clamou pela profissionalização da arbitragem. A ideia é ter “pessoas que tenham como único pensamento o futebol, o jogo”, o que, em sua visão, “provavelmente diminuiria erros”. Ele ainda tocou em um ponto sensível: a remuneração e as condições dos árbitros, sugerindo que uma melhor estrutura poderia, inclusive, mitigar riscos relacionados a apostas.
O Bahia, que conseguiu uma importante virada por 2 a 1 sobre o Bragantino, consolidando sua posição no G-5 do Brasileirão, viu seu técnico usar o momento para ir além do resultado. Ceni trouxe à tona discussões fundamentais para a evolução do nosso futebol, que precisam ser ouvidas e debatidas seriamente. Porque no fim das contas, a paixão pelo esporte bretão exige transparência, rigor e um jogo mais justo e emocionante para todos.
